Nissan GT-R

Uma aerodinâmica notável e um motor de 480 CV são os ingredientes mais fortes do novo Nissan GT-R, acabado de apresentar no salão automóvel de Tóquio e que deve chegar ao mercado europeu no final de 2008. Com a pesada responsabilidade de honrar a já longa linhagem GT-R, a versão de topo da gama Skyline, o novo modelo é anunciado como um dos automóveis mais rápidos do mundo, com uma velocidade de ponta acima dos 300 km/h, mas também um dos mais seguros para conduzir depressa. A carroçaria de configuração coupé com 4,6 metros de comprimento, 1,9 de largura e 1,37 de altura é construída com elementos em aço, alumínio e fibra de carbono e está carenada por baixo, razão pela qual o GT-R consegue um surpreendente Cx de 0,27. A nível mecânico a característica mais importante diz respeito ao posicionamento do motor 3.8 V6 biturbo (480 CV às 6400 rpm e 588 Nm de binário entre as 3200 e as 5200 rpm) sobre o eixo dianteiro com a caixa de velocidades logo à frente do eixo traseiro. Uma vez que a tracção é integral, a referida configuração mecânica implica uma estranha disposição de dois veios de transmissão em paralelo: um para levar potência do motor para a caixa e outro que vem da caixa às rodas da frente. O peso total fica claramente penalizado ao atingir os 1740 quilos em vazio, valor que ultrapassa a maioria dos desportivos à altura deste GT-R. Por outro lado, a marca esclarece que a solução torna mais equitativa a distribuição de peso pelos dois eixos. A transmissão está assegurada por uma caixa automática de seis velocidades com embraiagem dupla, comparável à caixa DSG do grupo Volkswagen, enquanto os travões, cuja eficácia sempre foi um dos “ex-libris” do Nissan GT-R, são fornecidos pela Brembo e incluem pinças de seis êmbolos à frente e quatro atrás, com discos ventilados e
perfurados em ambos os eixos. Outro aspecto já patente na gama anterior é o sofisticado computador de bordo, que também nesta geração inclui funções de pilotagem raras, como a aceleração lateral e longitudinal, ângulo de viragem do volante, repartição de potência entre os eixos e outras funções, operáveis através do ecrã táctil.